O sertão é o mundo
Palavras-chave:
Riobaldo; Guimarães Rosa; Grande Sertão: Veredas; Barroco; Sertão das Gerais.Resumo
Riobaldo, durante três dias, narra a um misterioso ouvinte suas memórias
pontilhadas de inquietações. Possivelmente o próprio Guimarães Rosa, que,
como Hitchcock, inseria-se às vezes, por diversão, nas histórias. O relato
de Grandes Sertões: Veredas, aparentemente confuso, é uma travessia pelo
caráter ambíguo do homem, traço barroco na literatura de Rosa. Riobaldo – ele
mesmo Guimarães Rosa, um pouco – transforma sua vivência individual na
experiência humana universal (“o sertão é o mundo”). Se o sertão é o mundo,
se o jagunço é o sertão, se o sertão está em todo lugar, como diz Riobaldo,
portanto o jagunço não é somente o homem de Minas, mas o homem do
mundo. Em suma, o homem é o mundo. Guimarães Rosa conseguiu conjugar
os confl itos do ser humano, projetando a busca do sertanejo para fazê-
lo conquistar dimensão universal. Em síntese, escancarando as dúvidas e
certezas do habitante do sertão das Gerais, o escritor acaba mostrando que o
homem é o homem, mesmo igual, assinzinho mesmo, no sertão de Minas ou
em qualquer outro lugar do mundo.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O(s) autor(es) do artigo aceito para publicação automaticamente transfere(m) todos os direitos de publicação para Ângulo, Cadernos do Centro Cultural Teresa D’Ávila. Em caso de mais de um autor, o primeiro é responsável pelo conteúdo do artigo e por assegurar que os demais autores do mesmo tenham conhecimento do conteúdo do artigo aprovado e de sua cessão de direitos de publicação.